sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Educação

Professores dizem que recorrerão contra suspensão de greve no RJ


O Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) vai entrar com um recurso contra a decisão da Justiça de suspender a greve dos professores estaduais e municipais do Rio. O prazo para que a categoria retome as aulas na capital fluminense termina nesta quinta-feira (5).
Mesmo assim, os professores da rede municipal afirmam que vão se reunir em assembleia na manhã desta sexta-feira (6) para decidir se mantêm a paralisação, de acordo com o diretor do Sepe central, Danilo Serafim. "Quem delibera sobre a continuidade ou não da greve é a assembleia e a última assembleia decidiu continuar", afirmou.
Na quarta (4), profissionais foram retirados à força de uma das sedes da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) pela Polícia Militar, após uma reunião com o secretário Wilson Rizolia. Um grupo de cerca de 150 pessoas disseram que apenas sairiam do local após uma conversa com o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Houve confusão e empurra-empurra.
A categoria acusa a polícia de ter sido truculenta e agredido os professores com empurrões, chutes, cassetetes e até mesmo gás de pimenta.   
Lamentável', diz Secretaria
Por meio de nota, a Secretaria de Educação declarou que considera lamentável "o fato de representantes do Sepe anunciarem e convocarem, em seu site, uma ocupação do prédio". O diretor do sindicato Danilo Serafim, no entanto, informou que não houve ordem de ocupação do imóvel. "O Sepe não ocupou a secretaria. Ocupou apenas o saguão, com o objetivo que o governo avançasse nas negociações, porque eles não avançam, por exemplo, na questão das perdas salariais", afirmou.
A secretaria acusou, ainda, o Sepe de não buscar negociação e ir para as reuniões pré-dispostos a manter a greve. Danilo Serafim nega que haja essa conduta. "O Sepe prima pela negociação. Toda vez que nos reunimos, as reuniões são inconclusivas. Não temos a decisão final sobre a série de reivindicações da categoria. Não avança do ponto de vista concreto."
Reunião com Pezão
Integrantes do Sepe queriam discutir com o vice-governador as reivindicações do grupo, que entrou em greve no dia 8 de agosto. O impasse acontece porque, para o sindicato, o encontro com o titular da pasta é insuficiente. "Não adianta o secretário nos receber sozinho porque tem coisas que ele diz que não pode resolver. A gente quer resolver com quem pode resolver. Nós aguardamos a audiência com o vice-governador", disse, antes da confusão, por volta das 20h, a coordenadora do Sepe, Marta Moraes.
Na tarde de quarta-feira (4), a Justiça do Rio determinou a suspensão da greve dos profissionais de educação do estado do Rio de Janeiro, a exemplo de uma decisão na segunda-feira (2), que valia para os professores municipais.
O desembargador Mário dos Santos Paulo, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ), concedeu liminar favorável ao Governo do Rio e à Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). Segundo o TJ, o Sepe será multado em R$ 300 mil, por dia, em caso de descumprimento. O prazo para o cumprimento é de 24 horas, segundo a decisão.
 Temos duas decisões: uma delas é favorável ao Sepe, que impede os órgãos de cortar os salários dos profissionais. Essa liminar está mantida. O nosso departamento jurídico está entrando com um recurso. Nós temos o direito e vamos recorrer enquanto pudermos", disse o diretor do sindicato Danilo Serafim. Em assembleia naquele dia, professores da rede municipal de ensino já haviam antecipado a intenção de dar continuidade à greve. Após assembleia na Lapa e passeata até a Cinelândia, a Avenida Rio Branco foi interditada.
Enem à vista
A Secretaria Estadual de Educação informou nesta quarta-feira (4)  que a intenção é não deixar que os estudantes fiquem sem aulas, principalmente às vésperas do Enem, que ocorre em outubro. De acordo com a secretaria, cerca de 800 professores faltaram ao trabalho nesta quarta. A paralisação está deixando 30 mil alunos sem aulas.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, a manutenção da greve se dá por conta da falta de avanço nas negociações da pauta pedagógica, como a volta do sexto tempo e a redução do número de alunos em sala. A prefeitura lamentou a decisão do sindicato de manter a greve. E afirmou que desde o início da paralisação, não mediu esforços para atender as reivindicações da categoria.
Reivindicações
Entre os questionamentos da categoria estão o reajuste salarial de 19% para compensar as perdas salariais, a garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares, que é garantida por lei, e concurso público para professores e funcionários administrativos.
A Secretaria informou que concedeu 8% de reajuste este ano. A Seeduc destacou, ainda, que concedeu novos benefícios para os professores, como os auxílios alimentação, transporte e qualificação.

OPINIÃO: Eu concordo com a greve de professores, acho sim que eles devem sim reivindicar pelos seus direitos.
 .http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/09/professores-dizem-que-recorrerao-contra-suspensao-de-greve-no-rj.html

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