sábado, 19 de setembro de 2015

2015- 3º BIMESTRE

Ciências

Cientistas vão estudar vírus que protege contra aids

Há mais de uma década, cientistas descobriram que um vírus chamado GBVC tem a misteriosa capacidade de reduzir a progressão da aids em indivíduos com HIV. Agora, um grupo de cientistas, com participação brasileira, desenvolveu um modelo em macacos que permitirá estudar a infecção pelo GBVC e desvendar qual é a estratégia do vírus para impedir o desenvolvimento da aids. O estudo foi publicado na quarta-feira (16) na revista Science Translational Medicine.


Em 2009, uma equipe liderada por Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que há uma sinergia na interação entre os vírus GBVC e HIV. "É algo inusitado. O GBVC reduz a inflamação causada pela infecção do HIV. Ele funciona como uma espécie de vírus protetor", disse Kallás à reportagem.

No estudo atual, feito pelo grupo de Kallás em parceria com cientistas da Universidade de Wisconsin (EUA), os pesquisadores conseguiram desenvolver pela primeira vez um modelo que simula, em macacos, a infecção pelo GBVC.

"Com o novo modelo, vamos poder estudar a infecção em experimentos e entender exatamente o processo de proteção usado pelo GBVC. Depois vamos investigar se esse processo pode resultar em novas terapias para a aids".

Além da proteção contra a aids, o GBVC tem outras características incomuns: ao contrário de outros vírus, ele não causa doenças, nem é eliminado do corpo do hospedeiro. Embora ele seja bastante comum - ocorre em até 8% da população mundial em geral e em até 25% das pessoas com HIV - pela falta de um modelo que permita estudar sua infecção em animais, ainda não se sabe como ele faz para impedir a progressão da aids.

Segundo Kallás, a descoberta do GBVC está associada a pesquisas sobre os vírus causadores da hepatite. Nas décadas de 80 e 90, muitos cientistas estudaram as causas das hepatites que não são provocadas pelos vírus A e B.

"No fim da década de 80 foi descrito o vírus da hepatite C. A partir daí, foram descobertos os vírus da hepatite Delta e hepatite E. Mais tarde, descobriram o que se pensava inicialmente ser o vírus da hepatite G. Mas este último vírus, muito frequente, não estava ligado à hepatite: era o GBVC", explicou Kallas.

Quando os cientistas ainda estavam estudando se o novo vírus tinha relação com a hepatite, examinaram registros sobre pacientes com aids para descobrir se ele interferia na progressão da doença.

Inesperado

"Foi no início da década de 2000 que alguns estudos mostraram algo totalmente inesperado: a presença do GBVC não acelerava a progressão da aids - ao contrário, diminuía seu ritmo. Foi surpreendente descobrir um vírus que poderia ter um efeito benéfico de proteção do hospedeiro de outro vírus", disse o pesquisador.

A partir daí, tiveram início diversos estudos para descobrir como o GBVC protegia portadores de HIV. Diversas hipóteses foram levantadas, como uma competição entre os dois vírus, ou uma capacidade de bloqueio da infecção por HIV. Até que o grupo da USP conseguiu determinar pela primeira vez que o GBVC reduz a inflamação no organismo do hospedeiro. "É como se ele tivesse um efeito anti-inflamatório específico para as células mais inflamadas pela infecção do HIV. Publicamos um artigo em 2009 revelando esse mecanismo", declarou.

Mais tarde, um grupo de cientistas da Califórnia, nos Estados Unidos, estudando dados de pessoas que tinham aids antes do desenvolvimento dos coquetéis, tiveram uma redução de 50% na infecção pelo HIV quando recebiam doações de sangue de pessoas infectadas com o GBVC.

Depois dessas descobertas, Kallás começou a trabalhar com um colega da Universidade de Wisconsin, David O'Connor, que liderava um projeto de pesquisa em busca de vírus emergentes em Uganda, na África.

Dispondo de técnicas de biologia molecular bastante sofisticadas, O'Connor coletou amostras de macacos selvagens em busca de novos vírus.

"Em seus ensaios de prospecção de novos vírus, ele descobriu que o vírus SIV - equivalente ao HIV em macacos - era relativamente frequente. E encontrou também com grande frequência os GBVC. Foi a partir daí que pensamos em estudar a concomitância desses dois vírus em macacos", explicou Kallas.

Quando O'Connor analisou os dados dos macacos que tinham GBVC, descobriu que todos estavam infectados por SIV. "Parecia que os dois vírus agiam juntos. Começamos então a trabalhar em um modelo de macacos para responder como o GBVC é capaz de proteger o hospedeiro.

Os cientistas montaram então um modelo para infectar macacos em laboratório com o GBVC, algo que ainda não havia sido feito. "Além de descrever como a infecção aguda acontece, esse modelo sedimenta o que precisamos saber para fazer estudos experimentais para a infecção de SIV e GBVC nos macacos. Com isso esperamos entender com precisão os processos de proteção", disse.

Com um financiamento obtido junto ao governo dos Estados Unidos, os cientistas prosseguirão agora os estudos. O grupo de Wisconsin fará as observações em animais, enquanto o grupo de São Paulo reproduzirá os estudos nas amostras de sangue de pessoas que vivem com HIV, sabendo que uma em cada quatro delas estão infectadas também com o GBVC.

"Unindo os dados experimentais e clínicos, esperamos responder várias perguntas. Onde esses vírus se distribuem no organismo das pessoas? Se a infecção por GBVC vier antes ou depois da infecção por HIV o efeito é diferente? Será que esse efeito pode resultar em uma terapia que envolva injetar o GBVC em pacientes para reduzir a progressão da aids?."

OPINIÃO:

Acho muito importante essa notícia, pois sou consciente da grande parcela da sociedade que morre por essa doença devastadora, que não tem cura (até agora). Uma oportunidade de usar um tipo específico de vírus em tratamentos de aids deve ter toda a atenção e reconhecimento possíveis, para que possamos, algum dia, ter finalmente uma cura pra essa doença que acaba com a vida de muitas pessoas.


Saúde e Bem estar

Brincar ao ar livre faz bem à visão infantil, indica estudo
Pesquisa realizada na China mostra que crianças que brincam pelo menos 40 minutos ao ar livre todo dia têm menos chances de desenvolver miopia.
Crianças que brincam ao ar livre podem ter menos riscos de desenvolver miopia, segundo estudo realizado na China  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Crianças que brincam ao ar livre podem ter menos riscos de desenvolver miopia, segundo estudo realizado na China (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um estudo realizado na China identificou uma possível maneira de conter o desenvolvimento de miopia em crianças.

Em pesquisa feita com 12 escolas chinesas, o resultado apontou que pelo menos 40 minutos por dia de brincadeiras ao ar livre trazem benefícios à visão de meninos e meninas.

Mingguang He e outros pesquisadores pediram a seis escolas que levassem os alunos para brincar fora todos os dias; como grupo de controle, as outras seis mantiveram a rotina de estudos dentro da sala de aula.

Os pais também foram estimulados a incentivar brincadeiras ao ar livre aos finais de semana – nesse ponto, os dois grupos se igualaram.

Depois de três anos, eles passaram a fazer testes com as crianças para identificar se havia sinais de miopia. No inicio do experimento, menos de 2% de cada grupo tinha o problema.

Entre as crianças das escolas que aplicaram a estratégia de brincar ao ar livre, 30% desenvolveram algum grau miopia (259 de 853 crianças). Já entre aquelas que ficaram nas salas de aula, 40% desenvolveram o problema (287 de 726 crianças) – a pesquisa só considerou 'miopia' os exames que apontavam pelo menos 0,5 grau.

A diferença não é grande, mas é significativa, dizem os pesquisadores. E ela se mantém mesmo quando se leva outros fatores em consideração, como o histórico familiar de miopia.

O estudo sugere que as crianças precisam equilibrar atividades realizadas mais de perto, em lugares fechados, como ler, com atividades que usam a visão à distância.

Conclusões
"Isso é importante clinicamente porque crianças que desenvolvem miopia cedo têm mais chances de que o problema avance com o tempo, o que também aumenta o risco de elas desenvolverem a miopia patológica", disseram os pesquisadores na publicação científica Jama.

"Além disso, um atraso no desenvolvimento de miopia em crianças pequenas, que tendem a ter uma maior taxa de progressão, poderia proporcionar benefícios gigantescos para a saúde dos olhos a longo prazo."

Na publicação, Michael Repka, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirma que mais estudos são necessários para confirmar e compreender as conclusões dessa pesquisa.

Segundo ele, os resultados do estudo podem significar que mais tempo ao ar livre limita a quantidade de tempo gasta em atividades realizadas mais de perto, em locais fechados; ou que estar mais exposto à luz do sol ajuda a desenvolver melhor as funções dos olhos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde divulgados no ano passado, o número de pessoas com miopia todo dobrou nos últimos anos no mundo. O problema costuma estar bastante ligado ao uso do computador ou de outros itens tecnológicos – como tablet, celular, etc – por muitas horas durante o dia.

No Brasil, um estudo realizados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) em 2014 com crianças entre 9 e 13 anos que utilizavam computador ou videogame por seis horas ininterruptas mostrou que 21% delas desenvolveram algum grau de miopia.

Pesquisas internacionais, como a realizada na China, tentam descobrir se já existe uma forma de diminuir o risco de desenvolvimento do problema mudando hábitos das pessoas, principalmente na infância.

OPINIÃO:

Antigamente, era muito mais comum ver crianças brincando na rua de pique, ou num gramado brincando de futebol ou andando de bicicleta em praças. Hoje em dia, a população infantil é criada desde cedo com o livre acesso à internet, são acostumadas à assistir muitas horas de televisão por dia e ficar trancada em casa assistindo filmes e ouvindo musicas por smartphones. Na minha época de criança, que não julgo muito antiga pois tenho quinze anos, era muito acostumada a correr pela rua, pelas calçadas, em gramados; era  comum eu voltar para casa com feridas nos joelhos causadas por tropeções quando não amarrava o cadarço. Hoje em dia, vejo as crianças com celulares, em redes sociais e se comportando como adultos, o que faz muito mal para saúde, como fiz essa matéria.


Saúde e Bem estar

Brincar ao ar livre faz bem à visão infantil, indica estudo
Pesquisa realizada na China mostra que crianças que brincam pelo menos 40 minutos ao ar livre todo dia têm menos chances de desenvolver miopia.
Crianças que brincam ao ar livre podem ter menos riscos de desenvolver miopia, segundo estudo realizado na China  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Crianças que brincam ao ar livre podem ter menos riscos de desenvolver miopia, segundo estudo realizado na China (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um estudo realizado na China identificou uma possível maneira de conter o desenvolvimento de miopia em crianças.

Em pesquisa feita com 12 escolas chinesas, o resultado apontou que pelo menos 40 minutos por dia de brincadeiras ao ar livre trazem benefícios à visão de meninos e meninas.

Mingguang He e outros pesquisadores pediram a seis escolas que levassem os alunos para brincar fora todos os dias; como grupo de controle, as outras seis mantiveram a rotina de estudos dentro da sala de aula.

Os pais também foram estimulados a incentivar brincadeiras ao ar livre aos finais de semana – nesse ponto, os dois grupos se igualaram.

Depois de três anos, eles passaram a fazer testes com as crianças para identificar se havia sinais de miopia. No inicio do experimento, menos de 2% de cada grupo tinha o problema.

Entre as crianças das escolas que aplicaram a estratégia de brincar ao ar livre, 30% desenvolveram algum grau miopia (259 de 853 crianças). Já entre aquelas que ficaram nas salas de aula, 40% desenvolveram o problema (287 de 726 crianças) – a pesquisa só considerou 'miopia' os exames que apontavam pelo menos 0,5 grau.

A diferença não é grande, mas é significativa, dizem os pesquisadores. E ela se mantém mesmo quando se leva outros fatores em consideração, como o histórico familiar de miopia.

O estudo sugere que as crianças precisam equilibrar atividades realizadas mais de perto, em lugares fechados, como ler, com atividades que usam a visão à distância.

Conclusões
"Isso é importante clinicamente porque crianças que desenvolvem miopia cedo têm mais chances de que o problema avance com o tempo, o que também aumenta o risco de elas desenvolverem a miopia patológica", disseram os pesquisadores na publicação científica Jama.

"Além disso, um atraso no desenvolvimento de miopia em crianças pequenas, que tendem a ter uma maior taxa de progressão, poderia proporcionar benefícios gigantescos para a saúde dos olhos a longo prazo."

Na publicação, Michael Repka, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirma que mais estudos são necessários para confirmar e compreender as conclusões dessa pesquisa.

Segundo ele, os resultados do estudo podem significar que mais tempo ao ar livre limita a quantidade de tempo gasta em atividades realizadas mais de perto, em locais fechados; ou que estar mais exposto à luz do sol ajuda a desenvolver melhor as funções dos olhos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde divulgados no ano passado, o número de pessoas com miopia todo dobrou nos últimos anos no mundo. O problema costuma estar bastante ligado ao uso do computador ou de outros itens tecnológicos – como tablet, celular, etc – por muitas horas durante o dia.

No Brasil, um estudo realizados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) em 2014 com crianças entre 9 e 13 anos que utilizavam computador ou videogame por seis horas ininterruptas mostrou que 21% delas desenvolveram algum grau de miopia.

Pesquisas internacionais, como a realizada na China, tentam descobrir se já existe uma forma de diminuir o risco de desenvolvimento do problema mudando hábitos das pessoas, principalmente na infância.

OPINIÃO:

Antigamente, era muito mais comum ver crianças brincando na rua de pique, ou num gramado brincando de futebol ou andando de bicicleta em praças. Hoje em dia, a população infantil é criada desde cedo com o livre acesso à internet, são acostumadas à assistir muitas horas de televisão por dia e ficar trancada em casa assistindo filmes e ouvindo musicas por smartphones. Na minha época de criança, que não julgo muito antiga pois tenho quinze anos, era muito acostumada a correr pela rua, pelas calçadas, em gramados; era  comum eu voltar para casa com feridas nos joelhos causadas por tropeções quando não amarrava o cadarço. Hoje em dia, vejo as crianças com celulares, em redes sociais e se comportando como adultos, o que faz muito mal para saúde, como fiz essa matéria.


Ética e Cidadania

Apresentadora viu preconceito racial em namoro e quer ser referência na TV

Cabelo crespo e assumindo a sua natureza. É assim que Karine Alves quebrou barreiras e hoje se tornou a única apresentadora negra nas emissoras esportivas da TV fechada. Nascida no Rio Grande do Sul, ela comanda o programa Melhor do Fox Sports com um jeito descontraído, que a acompanha na carreira desde os tempos de repórter, e entende que o jornalismo tem de mostrar as mais variadas misturas de raça no país. “Acho que precisa ter mais diversidade, loira, ruiva, morena, negra. Para mim a TV, além de informar, tem de educar e fazer parte social”, afirmou ao UOL Esporte.

A apresentadora vibra cada vez que vê jornalistas e âncoras negros na TV, que tem oportunidade de mostrar sua competência e ganham espaço ao exibir seus talentos. Diz que nunca sofreu preconceito por questão racial no trabalho. Mas, na vida pessoal, chegou a vivenciar algumas situações delicadas, inclusive até com a família de um ex-namorado. Nada que deixe feridas e mágoas na despojada jornalista. Apesar das situações ruins, Karine fala com tranquilidade sobre o tema.

“Passei por diversas situações. Quando era criança, em uma creche, percebia que os coleguinhas não aceitavam minha cor, estragavam minhas coisas, casaco, lancheira. Eles sempre falavam: ‘vamos estragar casaco da negra’. Eu não entendia, não dava bola. Um dia, minha mãe me deu uma lancheira nova e, em cinco minutos, destruíram. Passei a tarde chorando, minha mãe percebeu e conversou com a professora e perceberam que não me aceitavam pela cor. Ela conversou comigo e disse que ia me mudar de escola por implicar com a cor da minha pele”, disse.

“Depois, foi quando tive um namorado. Quando a família descobriu que a gente estava namorando, contamos para eles, nossa, minha vida virou inferno. Eu não entendia porque não aceitavam até que foi verbalizado: ‘ela é negra e não serve para entrar na família’. Foram dois anos assim. Eu perdoei eles e hoje converso com elas, passou um tempo, hoje eu já sirvo, mas até então não servia porque era negra”, completou.karine2

Hoje, com a carreira já consolidada, Karine quer ser justamente o que não teve quando era mais nova, uma referência de negra na televisão sem precisar alisar cabelo. “Quando eu procurei ser jornalista, sempre busquei na televisão referências, mas a única que eu tinha de repórter despojada era a Gloria Maria. Mas eu não me reconhecia nela, olhava cabelo e via um cabelo alisado, me via apenas na questão de como ela conseguiu chegar. Hoje, cada vez que vejo uma pessoa, não só por ser negro, mas nessa condição em que muitos não chegam, eu vibro sim, vibro vendo isso”, afirma. Ela faz questão de assumir sua natureza.

“Sempre me viram assim, uma pessoa que assume o cabelo crespo, assume a natureza. No jornalismo geral da TV, você não encontra muitas negras como âncoras, que assumem como são, o cabelo, a raiz. Acho que o cabelo fala muito, eu sempre mantive essa postura. Eu sou essa pessoa, tenho esse cabelo, esse corpo. Se me querem, é assim e sempre fui muito respeitada. Na própria Fox, que trabalha a imagem, sempre tivemos um consenso bacana, nunca pediram para mudar o cabelo”, falou.

Antes de ser apresentadora do Fox Sports, local em que também fez a função de jornalista, Karine teve uma passagem pela afiliada gaúcha da Globo. Seu começo na TV foi influenciado por sua paixão pela música.

“Antigamente, eu cantava bastante, me apresentava em formatura e casamento. Minha primeira chefe disse que se encantou com a voz, desde ali a música me impulsionou para a carreira”, disse.

No comando do programa do Fox Sports, Karine mostra um estilo descontraído que tem acompanhado sua rotina desde quando trabalhava Globo. E é justamente esse jeito que faz com que a apresentadora faça tanto sucesso e fez com que ela chegasse até aqui.

“Fiz um teste de vídeo (no Fox) e eles queriam um repórter despojado, que mostrasse a informalidade e fosse alegre. Eu gostava da ideia e do canal. Me mudei do Sul para o RJ em uma semana, não tinha apartamento nem nada”, afirmou.

“Depois surgiu a proposta para apresentar o programa pela informalidade e vim para São Paulo assumindo o Melhor do Fox Sports com a Livia e o Ricardo Martins. Desde então, já cobri seleção, Copa do Mundo”, finalizou.

Leandro Carneiro
Do UOL, em São Paulo

OPINIÃO:

Gosto bastante de abordar assuntos relacionados à discriminação e ao preconceito nessa matéria. Me pergunto, como no século XX, ainda existe racismo? É, e vai continuar sendo pra sempre, ridículo esse tipo de discriminação. Como pode haver exclusão pela raça? Pela cor da pele? Acho que as vezes os preconceituosos acham que os negros não são gente, entretanto, eles morrem igual à nós, eles choram quando algum preconceituoso cruza seu caminho e os ofende, ele sofre quando pessoas olham pra eles com olhares cruzados, estranhos e de desconfiança, eles se chateiam quando possuem excelentes currículos mas as secretárias vivem dizendo que não se encaixam no padrão da empresa. Devemos lutar contra esse absurdo que é a descriminação racial, e mostrar ao mundo, que igualmente à essa jornalista e apresentadora, a raça negra tem todo o direito do mundo de ser cidadão igual aos brancos. Negro também é gente!


Educação

No Brasil, 1 a cada 5 alunos do 3º ano não está alfabetizado

Ao menos um a cada cinco estudantes no 3º ano do ensino fundamental da escola pública não atinge níveis mínimos de alfabetização em leitura, escrita e matemática. Esse número foi obtido com base nos dados da ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), divulgados nesta quinta (17) pelo MEC (Ministério da Educação). A ANA é uma avaliação diagnóstica para o Pnaic (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa).

O MEC apresentou os resultados da ANA em percentuais por nível de proficiência (o quanto os alunos sabem): em leitura, 22,21% estão no nível 1 -- o que significa que 1 a cada 5 alunos não está no padrão mínimo. Na área de escrita, 34,46% deles estão nos níveis 1, 2 e 3 de escrita -- ou seja, 1 a cada 3 estudantes não atende o padrão mínimo. Já em matemática, o resultado é mais dramático: 57,07% estão nos níveis 1 e 2. 

Para se ter uma ideia, uma criança que esteja no nível 3 de escrita já consegue escrever uma frase, mas não alcança a produção de um texto. Em leitura, um aluno no nível 1 consegue ler as palavras, mas não compreende o texto. No caso de matemática, o aluno abaixo do nível 4 não fazer contas com números de três algarismos, como 345 + 220.

Parâmetro dos professores

No programa de formação dos professores do Pnaic, os parâmetros são mais modestos -- apesar de a meta ser a excelência, com o nível 4.

Dentro do Pnaic, o aluno que estiver no nível 2 de leitura e de matemática e no nível 3 de escrita são considerados alfabetizados. Esse é o parâmetro utilizado no trabalho de formação dos professores das escolas públicas, segundo a coordenadora da formação de professores do Pnaic em Pernambuco, a professora Telma Ferraz Leal da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e o coordenador no Paraná, Emerson Rolkouski, da UFPR (Universidade Federal do Paraná). 

"Quando se fala em alfabetização, há várias formas de conceber [esse conceito]", diz Telma. Ela explica que, por exemplo, no senso comum, um aluno está alfabetizado quando reconhece as letras e forma palavras -- o que estaria no nível 1 de leitura. No entanto, dentro do Pnaic, há uma concepção de que deve haver leitura e produção de textos num nível mais avançado.

O mesmo vale para matemática: o nível 2 é considerado suficiente. Mas os professores são formados para atingir o nível 4, conta Emerson. "O percentual no nível 4 representa uma parcela que acertou as questões mais difíceis. Um aluno que chegue ao nível 4 é excepcional", diz o professor da UFPR.

A ANA foi aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental -- ano que finaliza o ciclo de alfabetização nos padrões do governo. O aluno dessa etapa teria oito anos, se não teve reprovação ou não deixou os estudos. Os resultados divulgados nesta quinta são de avaliações aplicadas em 2014 e o MEC cancelou a avaliação de 2015. Segundo a pasta, o cancelamento se deu por motivos pedagógicos. E especialistas chamaram a atenção para certo abandono do Pnaic.

OPINIÃO:

Acho um absurdo que crianças que já têm idade para compreender diversas coisas além de ler e escrever, não estarem sabendo fazer nem isso. Existem países que não possuem escolas particulares, porque a educação pública é de ótima qualidade e assessível a qualquer cidadão. Como podemos sonhar com um método de educação assim, se a cada dia existem menos crianças nas escolas, são poucas crianças e adolescentes que realmente se interessam

pelo conhecimento transmitido dentro da sala de aula, e a maioria dos alunos não possui o mínimo de respeito ao professor.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Cultura

Morre aos 60 anos a atriz Betty Lago, no Rio de Janeiro

A atriz e ex-modelo Betty Lago morreu aos 60 anos neste domingo (13), no Rio de Janeiro. Ela lutava contra um câncer na vesícula desde 2012. O corpo da atriz será cremado nesta segunda-feira, às 15h, no Memorial do Carmo, no Rio.

Atualmente, Betty apresentava a o programa "Desafio na Beleza", no canal GNT, ao lado da modelo Mariana Weickert e do maquiador Daniel Hernandez. O trabalho mais recente da atriz em dramaturgia foi na novela "Pecado Mortal" (2014), da TV Record. 

Filha da artista, Patty Lago publicou em seu Instagram, nesta manhã, uma foto do mar no Leblon e uma mensagem: "E o dia amanheceu assim triste e lindo ao mesmo tempo".

29.ago.2015 - Betty Lago publica foto desejando bom dia aos seus seguidores das redes sociais
Há duas semanas, Betty havia publicado uma imagem em seu Facebook desejando bom dia aos seus seguidores. Ela havia retomado o tratamento contra o câncer desde abril. Em maio deste ano, ela falou sobre a morte em entrevista ao UOL. "As pessoas falam que fulano morreu de câncer. Não! Você morre porque chegou sua hora", disse. 

Início da carreira

Betty Lago iniciou a carreira de modelo na década de 1970. Sete anos depois, ela foi trabalhar no exterior e passou 15 anos desfilando em países como França, Itália e Estados Unidos. 

Seu primeiro papel na televisão foi na pele de Natália, em "Anos Rebeldes" (1992), de Gilberto Braga. Dois anos depois, ela já era uma das protagonistas da novela "Quatro por Quatro", de Carlos Lombardi. A parceria com o autor se repetiria em "Vira-lata", "O quinto dos infernos", "Pé na jaca" e "Guerra e paz".

Repercussão

Parceira de Betty no "Desafio da Beleza", no GNT, a apresentadora Mariana Weickert usou seus Instagram para falar da morte de Lago. "Com o coração despedaçado pela despedida da minha amiga, minha parceira...A tua história, tua garra, teu astral e força de viver foram e sempre serão inspiradores".

Monica Walvogel, que trabalhou com Lago de 2005 e 2010 no programa "Saia Justa", falou sobre a personalidade da atriz em entrevista à GloboNews. "De personalidade forte, e
la não deixava ninguém indiferente ao lado. Era um sol, muito forte nas suas opiniões e que também podia queimar todo o ambiente em volta. Admiravam a coragem dela, que não hesitava em expressar sua opinião. Era cheia de graça e intensidade", disse a jornalista.

"...Eu me lembro dela dizendo: "Valorize-se, Luana! Sempre se imponha, não abaixe a cabeça pra esses "wanna be" que acham que mandam. Se você se valorizar, todos farão o mesmo" - Luana Piovani, via Facebook. 

"Em 1994 fiz uma novela 4x4, conheci uma das modelos que mais me encantaram na época em que eu ainda desfilava e tinha minhas referências; Betty Lago. Conheci uma mulher linda, 39 anos, segura de si, personalidade forte, que se tornou uma atriz incrível, engraçada, com seu jeito próprio e único! E aprendi muito com ela! Muito! " -Cristiana Oliveira, atriz, via Instagram. 

A Rede Record, emissora que a atriz era contratada desde 2012, mandou um comunicado oficial lamentando sua morte.

"Betty emprestou seu talento a Record desde 2011 quando participou da novela "Vidas em Jogo" (2011), onde fez a impagável Marizete – sua primeira empregada doméstica na TV –, depois participou do elenco de "Pecado Mortal" (2013). Mesmo se recuperando do tratamento, Betty fez questão de participar das cenas finais de "Vidas em Jogo", escrita por Cristianne Fridman. A qualidade de sua interpretação e o profissionalismo que a atriz entregou a suas personagens contribuíram para o sucesso das produções da Record".

OPINIÃO:

 Fiquei tremendamente triste ao receber essa notícia logo quando acordei, e resolvi trazê-la para meu blog com o objetivo de deixar registrado aqui toda a admiração e todo o carinho que eu tenho por essa grande atriz. Uma mulher dessas, que fez e continuará fazendo parte da televisão brasileira e da nossa cultura, infelizmente perdeu a luta contra um câncer na vesícula, e o pior, apenas com sessenta anos. E mesmo com sua morte, tenho certeza de que Betty Lago deixará um pouquinho dessa pessoa maravilhosa que ela foi no coração de cada brasileiro.


Política

Vice Temer diz na Rússia ter certeza de que Dilma concluirá mandato
Vice-presidente falou com jornalistas após visitar uma feira em Moscou. No dia 3, ele afirmou que seria 'difícil' Dilma resistir com baixa popularidade.
O vice-presidente Michel Temer viajou à Rússia com uma comitiva de ministros (Foto:  Romério Cunha / Divulgação Vice-Presidência)
O vice-presidente Michel Temer (primeiro da esq. para a dir.), com os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia), Helder Barbalho (Pesca) e Eliseu Padilha (Aviação Civil), durante evento nesta segunda-feira em Moscou (Foto: Romério Cunha / Divulgação Vice-Presidência)

Em meio a uma visita oficial à Rússia, o vice-presidente da Republica, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (14) que tem certeza de que a presidente Dilma Rousseff concluirá o seu mandato até 2018.

Primeiro nome na linha de sucessão da Presidência, Temer deu a declaração ao ser questionado por um jornalista sobre se Dilma está tendo uma "última chance" no governo. O peemedebista, então, destacou que, na opinião dele, a petista está se recuperando.

"A presidente está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato". ressaltou o vice.

No início do mês, durante um debate com um grupo de empresários em São Paulo, o vice disse que, se Dilma não reverter os atuais índices de popularidade, será "difícil" resistir a mais três anos e meio de governo.

À época, a fala do vice gerou um mal-estar no governo. Diante da repercussão do caso, Temer chegou a divulgar nota oficial na qual repudiou as "teorias" de que ele estivesse agindo como conspirador.

Na semana passada, partidos da oposição e até da base governista – entre os quais PSDB, PPS, DEM, PSC, PMDB, PTB e SD –, lançaram, na Câmara dos Deputados, um "movimento" a favor da abertura de um processo de impeachment da presidente da República.

O grupo criou um site para coletar assinaturas de eleitores e parlamentares que defendem o afastamento da chefe do Executivo. O objetivo é reforçar os pedidos de abertura de processo de impeachment que aguardam decisão do presidente da CâmaraEduardo Cunha (PMDB-RJ).

Temer viajou à Rússia comandando uma comitiva de ministros brasileiros que tem o objetivo de atrair investimentos para o Brasil. Antes de falar com os jornalistas, o vice visitou um stand do Brasil em uma feira de alimentos na capital russa. Mais cedo, o peemedebista havia se reunido com o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia.

Cortes no Orçamento
Na rápida conversa com a imprensa em Moscou, o vice-presidente também foi questionado sobre a possibilidade de o governo voltar a anunciar cortes de despesas no Orçamento de 2016.

Na manhã desta segunda-feira, Dilma usou a reunião semanal de coordenação política para discutir o tamanho do novo corte de gastos. A expectativa é de que a tesourada presidencial alcance cerca de R$ 20 bilhões.

A presidente já havia se reunido no fim de semana com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) para definir o enxugamento das despesas da União.

Na avaliação de Temer, os cortes, se forem confirmados, serão um "bom passo". "Acho que é uma oportunidade que foi pregada intensamente, no sentido de que se façam os cortes. Mas os cortes não estão definidos ainda. Se houver cortes, acho que será um bom passo. Será um atendimento a vários setores que pleiteiam justamente cortes no Orçamento", enfatizou.

Apesar do esforço da presidente da República para deixar os programas sociais de fora dos cortes, integrantes do primeiro escalão a advertiram da dificuldade de zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto quando o Orçamento foi enviado ao Congresso Nacional.

OPINIÃO:

O impeachment da nossa presidenta Dilma tem vários argumentos contra e à favor, e eu compreendo os dois. Acho que ela deve sair sim, pois nosso país está em estado de recessão, crise econômica, falta de infraestrutura e comprometimento com a sociedade. Mas também acho que chegamos à um ponto tão alarmante, estamos numa crise tão grande, que não sei se mudaria muita coisa tirar Dilma do governo. Esse impeachment deve ser muito pensado e questionado, para que possamos, finalmente, fazer do Brasil um país sem corrupção (acreditem, é possível) e sem esses baixos níveis sociais.

Te contei ?

Documentário revela lado obscuro de Steve Jobs, fundador da Apple
Criticado por colegas de Jobs, 'O Homem na Máquina', de Alex Gibney, faz retrato 'humano' pouco lisonjeador de magnata da informática.
Steve Jobs em cena do documentário 'Steve Jobs: The man in the machine' (Foto: Reprodução/Trailer)Steve Jobs em cena do documentário 'Steve Jobs: The man in the machine' (Foto: Reprodução/Trailer)

O que levou milhares de pessoas em todo o mundo a demonstrar pesar pela morte de Steve Jobs, fundador da Apple, no fim de 2011? Foi por causa do carisma de um dos ícones do Vale do Silício? Foi uma maneira de agradecer ao homem que criou produtos inovadores como o iPod, o iPhone e o iPad?

Essas são algumas das perguntas que Alex Gibney, ganhador de um Oscar em 2008, tenta responder com o documentário Steve Jobs: The Man in the Machine ("Steve Jobs: O Homem na Máquina" em tradução livre), que chegou há alguns dias aos cinemas dos Estados Unidos.

Gibney já havia feito um documentário sobre a igreja da Cientologia no início do ano. Agora ele tenta desmistificar e humanizar a figura de Jobs – considerado um visionário do marketing e dos negócios, conhecido por seu caráter despótico e por manter relações pessoais complicadas.

A estreia de "O Homem na Máquina" coincidiu com a exibição de um outro filme sobre Jobs em um festival de cinema em Telluride, no Colorado. O filme Steve Jobs é dirigido pelo britânico Danny Boyle e baseado em parte na biografia do fundador da Apple, escrita em 2011 por Walter Isaacson.

O longa de Boyle, estrelado por Michael Fassbender, também mostra aspectos pouco conhecidos da vida pessoal de Jobs, e contou com a colaboração de Steve Wozniak, cofundador da Apple.

Já no caso do filme de Gibney, nenhum dos dirigentes atuais da companhia aceitou dar entrevistas. Eddy Cue, vice-presidente da Apple Internet, chegou a dizer: se trata de um retrato "miserável e inexato de meu amigo". "Esse não é Steve Jobs que conheci", disse Cue no Twitter.

Lisa
Um dos episódios mais polêmicos do documentário envolve o reconhecimento de paternidade da filha do empresário, Lisa. Jobs e sua filha até então não reconhecida se aproximaram após muita disputa.

Ela foi fruto do relacionamento de Jobs com Chrisann Brennan – mas o relacionamento foi rompido antes do nascimento de Lisa em 1978. Durante anos, o milionário se recusou a reconhecer a paternidade e até colocou em dúvida um exame de DNA. Ele pagava apenas uma pensão de algumas centenas de dólares.

Com o tempo, ele se aproximou da jovem e ela adotou seu sobrenome. E o documentário deixa claro que a vida pessoal não foi o única parte complicada da vida de Jobs. O trato com os funcionários da Apple era difícil devido ao seu temperamento forte e à obsessão de Jobs por controlar os mínimos detalhes.

Bob Belleville, diretor de engenharia para Macintosh nos anos 80, conta no filme como teve a relação com a mulher e os filhos dissolvida pelas exigências de Jobs. O documentário também coloca em foco a discrepância entre a imagem que Jobs vendia da Apple – assegurando que a empresa queria "fazer um mundo melhor" – e as penosas condições sob as quais se fabricavam alguns dos produtos da companhia.

O caso mais conhecido é o da empresa chinesa Foxconn, encarregada de produzir o iPhone e o iPad. Em um período de dois anos, 18 de seus funcionários cometeram suicídio. Segundo o documentário, Jobs não teria perdido o sono com isso.

O senso de ética do fundador da Apple também cai em contradição quando são expostos esquemas financeiros destinados à evasão fiscal - como a criação de empresas de fachada na Irlanda. E quando ele foi investigado pelas autoridades em 2006 pela suposta alteração de documentos para aumentar o valor de opções sobre ações outorgadas pela Apple, que acabou apontando o dedo a um dos subordinados de Jobs.

O documentário também relata a disputa de Jobs com a publicação tecnológica Gizmodo, que teve acesso, em 2010, a um dos modelos de iPhone que ainda não havia sido lançado. O aparelho havia sido esquecido por um funcionário da Apple em um bar.

A Gizmodo examinou e fotografou o telefone antes de devolvê-lo à Apple – o que enfureceu Jobs e executivos da empresa. Segundo o filme, isso pode ter estado por trás da operação de busca realizada pela polícia na casa do editor da publicação.

Retrato justo ou injusto?
Gibney disse que não pretendia pintar Jobs como um vilão. "Não há dúvida de que se trata de uma visão mais crítica de Jobs e de sua vida do que estamos acostumados", disse Mikey Campbell, editor da publicação Apple Insider.

"É sabido que Jobs tratava a Apple e a seus produtos com se fossem seus filhos e o resto não parecia muito importante", disse. "Não acredito que Gibney apresente um retrato injusto de Jobs".

Segundo Pamela McClintock, jornalista da revista The Hollywood Reporter, a estreia do filme e do documentário mostram que ainda há muito interesse na figura de Jobs. "É provável que muitos espectadores assistam tanto ao filme quanto ao documentário para ter uma ideia mais completa da figura de Jobs", afirmou.

Apenas o tempo dirá se as revelações de O Homem da Máquina afetarão a imagem de um homem e de uma empresa que tiveram papel-chave na revolução tecnológica do século 21.

OPINIÃO:

Acho o Steve Jobs um homem que fez grande diferença na história da tecnologia. Existem muitas pessoas que discordam, falam que ele criou modelos de aparelhos eletrônicos se baseando ou idênticos a modelos de outras empresas, mas temos que nos questionar: como alguém que copiou projetos de eletrônicos, ficaria tão famoso e tornaria sua empresa uma das maiores do mundo nesse ramo? As criações de Steve Jobs foram e continuarão sendo mesmo depois de sua morte, de altíssima qualidade, invenções que atendem a maior parte da população, com ideias brilhantes e propósitos que não se encontra na maioria das outras marcas.

Mundo

Áustria fecha fronteira com a Hungria; Exército ajudará em controle 
Trecho afetado fica na cidade de Nickelsdorf; Exército será utilizado. Fechamento se deve à onda de imigrantes do Oriente Médio.

A Áustria fechou às 8h45 (3h45 em Brasília) desta segunda-feira (14) a principal passagem fronteiriça com a Hungria, na cidade de Nickelsdorf, através do qual viajaram nos últimos dez dias dezenas de milhares de refugiados rumo à Alemanha.

Além disso, o país anunciou que vai recorrer imediatamente ao Exército para apoiar a polícia na gestão do fluxo de migrantes, que entram no país em sua maioria a partir da Hungria, anunciou o chanceler, Werner Faymann.

Segundo a empresa pública austríaca de gestão de estradas (Asfinag), a rodovia austríaca A4 em direção à Hungria foi fechada, enquanto o mesmo aconteceu com a estrada do lado húngaro em direção à Áustria.

Viena mobilizará 2.200 militares nas próximas horas para apoiar a polícia, "nos controles de fronteira, onde for necessário", disse Faymann, antes de destacar, no entanto, que "a missão do exército será prioritariamente levar ajuda humanitária ao interior do país".

A Áustria, que fica entre a Alemanha e a Hungria, se encontra em uma situação difícil.

O país se viu afetado pela decisão de domingo de Berlim de restabelecer os controles nas fronteiras, deixando milhares de migrantes bloqueados em sua passagem pela Áustria.

Ao mesmo tempo, o fluxo de migrantes aumenta a no sentido Hungria-Áustria em consequência das novas leis húngaras, que entrarão em vigor na terça-feira e permitirão a condenação a penas de prisão das pessoas que entrarem ilegalmente no país.

Hungria
Apenas no domingo, 5.809 migrantes entraram na Hungria, quebrando o recorde estabelecido no dia anterior, de 4.330, anunciou a polícia húngara nesta segunda.

O grande fluxo de migrantes foi registrado antes da entrada em vigor, na terça-feira, de novas leis húngaras segundo as quais as pessoas que entrarem ilegalmente no país poderão ser condenadas a penas de prisão.

De acordo com o site de notícias húngaro Index.hu, a Sérvia vai tentar provocar a entrada na Hungria de entre 25 mil e 30 mil migrantes nesta segunda, antes da aplicação da nova legislação.

Uma vez na Hungria, os migrantes devem tentar prosseguir a viagem até a Europa ocidental, principalmente Alemanha e Suécia, passando pela Áustria, como fizeram milhares de pessoas nas últimas semanas.

Alemanha
Devido ao grande fluxo de refugiados, a Alemanha anunciou neste domingo (13) a reintrodução provisória de controles nas fronteiras para "conter o fluxo de refugiados que chegam ao país".

"A Alemanha introduz provisoriamente controles em suas fronteiras, em particular com a Áustria", indicou o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, em Berlim, depois que nas duas últimas semanas 63.000 imigrantes chegaram a Munique, principal porta de entrada na Alemanha. "Também é absolutamente necessário por razões de segurança", acrescentou o ministro em uma breve declaração à imprensa.

Em comunicado, a Comissão Europeia afirmou que a Alemanha parece estar legalmente justificada em restituir controle de fronteiras neste domingo, especialmente em sua divisa com a Áustria, e disse que isso mostrou a necessidade de os países do bloco definirem uma abordagem comum à questão dos refugiados.

"A reintrodução temporária dos controles de fronteira entre os estados-membros é uma possibilidade excepcional explicitamente prevista e regulada pelo código de fronteiras Schengen, em caso de uma situação de crise", disse a Comissão Europeia em comunicado. "A situação atual na Alemanha, à primeira vista, parece ser uma situação abrangida pelas regras".

Na segunda-feira (14), os ministros do Interior e da Justiça da União Europeia se reúnem de emergência para analisar a questão.

Migrantes aguardam para embarcar em ônibus em Nickelsdorf, na Áustria, nesta segunda-feira (14); cidade fica na fronteira com a Hungria, que foi fechada (Foto: Leonhard Foeger/Reuters)Migrantes aguardam para embarcar em ônibus em Nickelsdorf, na Áustria, nesta segunda-feira (14); cidade fica na fronteira com a Hungria, que foi fechada (Foto: Leonhard Foeger/ReutersOPINIÃO: Fico muito inconformada quando vejo notícias relacionadas à crise migratória, principalmente quando envolvem mortes de estrangeiros. Eu entendo que o alto fluxo de migração pode ocasionar em uma superlotação, e mudança dos níveis sociais tão invejados que os Europeus possuem. Porém, esses refugiados são pessoas como nós, que precisam de ajuda, se encontram em uma situação de emergência e precisam sair de seus países. É um tremendo egoísmo ver os refugiados encontrando as portas dos países vizinhos fechadas, cadê a solidariedade?