quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CULTURA

Capital é sede de novos planos de cultura globais  

JKASJAIOAJFHFD 

 LUCAS SIMÕES

“A praça é do povo como o céu é do condor”. Marcada no cimento da praça Sete há anos, hoje o poema de Castro Alves parece resumir bem a ocupação cultural que Belo Horizonte vive nos últimos tempos. Em um cenário onde o povo se tornou principal agente cultural de uma cidade inteira, indo de encontro até com o poder executivo para isso, a Unesco escolheu Belo Horizonte como cidade-piloto para análises do novo modelo da Agenda 21 da Cultura – que desde 2004 condensa recomendações globais para o desenvolvimento humano atrelado ao incentivo e à expansão cultural.
Na capital mineira desde o último domingo, o consultor espanhol da Unesco, Jordi Baltá, visita uma série de centros de cultura, além de realizar encontros com agentes culturais da cidade até sexta-feira, dia 24. A ideia é que nesta semana ele possa analisar a aplicação dos oito principais eixos da Agenda 21 da Cultura na capital – que envolvem educação, ecologia, planejamento urbano, gestão, direito à cultura etc.
Depois das análises, o consultor será responsável por produzir dois relatórios para a Unesco: um deles, que será disponibilizado na internet como consulta pública, vai apontar a situação das políticas culturais da cidade; o outro será um conjunto de recomendações específicas para a Prefeitura de Belo Horizonte – que poderá ser partilhado com a sociedade em uma escolha do próprio poder executivo. “Estive no Sesc, em um centro cultural do Barreiro, onde conversei com mais de 20 pessoas sobre cultura local. Esse é o contato que devemos ter. Tomamos Belo Horizonte como exemplo pelo projeto Arena de Cultura, que conseguiu trazer avanços culturais através da educação, um dos principais pilares da Agenda 21”, disse o consultor.
O projeto Arena de Cultura foi criado em 1998, ainda sob a gestão do então prefeito Patrus Ananias (PT), com o objetivo de levar oficinas de dança, circo e música para adolescestes e crianças da cidade, estando presente hoje em mais de 30 núcleos culturais. Apesar de ter sido interrompido em 2009, a forte pressão popular pela evolução do projeto fez com que as oficinas voltassem a acontecer em 2011.
Agora, segundo Janine Avelar, da Secretaria Municipal de Relações Internacionais de Belo Horizonte, a proposta do governo municipal é transformar a Arena de Cultura na Escola Livre de Artes, uma promessa antiga, feita desde o início do projeto. “Vamos promover oficineiros a professores e passar a dar aos alunos um certificado de formação numa escola de artes de verdade – isso já estará valendo para 2015. Outras evoluções, como a construção de uma sede para a escola, ainda terá planejamento, porque nosso projeto é nos adequarmos totalmente à Agenda 21 num prazo de dez anos”, justifica Janine.
 
PRÊMIO. No próximo dia 11 de novembro, Belo Horizonte deverá receber oficialmente o Prêmio Internacional CGLU, organizado pela Rede Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), que tem sede em Barcelona e membros em 136 países espalhados pelo mundo. A premiação é um reconhecimento pelo projeto Arena de Cultura, que concorreu com outros 53 projetos culturais de várias cidades do mundo como exemplo de promoção à cultura sustentável.
Paralelamente a isso, em março do ano que vem uma reunião global da Unesco, em Bilbao, na Espanha, vai traçar diretrizes para a elaboração de uma nova Agenda 21 da Cultura. “Vamos fazer uma atualização de questões que passaram a ser importantes também, como a cultura na internet, que precisa ganhar espaço no debate de políticas públicas”, diz Jordi Baltá.

OPINIÃO:Acho importante que incentivem a cultura no Brasil, muitas pessoas não tem recursos e não conhecem muito esse assunto, e alguns projetos são ótimos meios de se conhecer.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.